sábado, 21 de março de 2015

Aquecimento danifica corais vitais para pequenos países-ilha

Ficha de Leitura nº 6                                                               
Unidade de Ensino: Preservar e Recuperar o Meio Ambiente
Conteúdo/assunto: O aquecimento global está a acabar com os recifes de coral em alguns países, trazendo um prejuízo de trilhões de dólares por ano dos serviços proporcionados pela natureza. Os pequeníssimos animais que formam os corais não conseguem sobreviver às elevadas temperaturas que se estão a instalar, para além da elevação das águas do mar, que é uma condição mortal para estes recifes.

Aquecimento danifica corais vitais para pequenos países-ilha, diz ONU

Novo relatório foi divulgado nesta quinta (dia 5 de junho de 2014), Dia Mundial do Meio Ambiente.
Águas mais quentes no Índico e Caribe estão matando recifes de corais.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/figuras/corais.jpg
O aquecimento global está causando trilhões de dólares em danos aos recifes de coral, agravando os riscos para os pequenos países insulares tropicais ameaçados pela elevação do nível do mar, afirma um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira (dia 5 de junho de 2014).
O aumento do nível do mar para algumas ilhas do Pacífico Ocidental foi de quatro vezes a média mundial, com elevação de 1,2 centímetro por ano de 1993 a 2012 devido a mudanças nos ventos e correntes, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O estudo, divulgado para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente das Nações Unidas, em 5 de junho, assinala que o aquecimento das águas do Oceano Índico para o Caribe estava danificando recifes, matando os animais minúsculos que formam os corais.
"Estas 52 nações, lar de mais de 62 milhões de pessoas, emitem menos de 1% dos gases de efeito estufa globais, mas elas sofrem desproporcionalmente com as mudanças climáticas que as emissões globais causam", disse Achim Steiner, o diretor-executivo do Pnuma.
"Algumas ilhas podem se tornar inabitáveis e outras enfrentam a perda potencial da totalidade de seus territórios", disse o estudo.
A perda dos corais está trazendo um prejuízo de trilhões de dólares por ano dos serviços proporcionados pela natureza, geralmente considerados gratuitos. Os corais são berçários para muitos tipos de peixes, eles ajudam a proteger as costas de tempestades e tsunamis e também atraem turistas.
Um estudo no mês passado estimou que cada hectare dos recifes de coral do mundo presta serviços no valor de US$ 350 mil por ano. Uma perda de 34 milhões de hectares de corais desde o final da década de 1990 representa US$ 11,9 trilhões por ano. "Os corais... provavelmente são os ecossistemas mais ameaçados do planeta", disse Robert Costanza, da Universidade Nacional Australiana e principal autor do estudo.
O painel de cientistas do clima da ONU disse em março que havia sinais de alerta de que os corais de águas quentes já estavam experimentando mudanças "irreversíveis". "Enfrentar a mudança climática... é absolutamente vital para a sobrevivência dos pequenos países insulares ", disse Christiana Figueres, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU, em entrevista coletiva.
O relatório também aponta que as pequenas ilhas poderiam aproveitar a abundante energia solar ou eólica para ajudar a reduzir a conta de importação de combustível, muitas vezes entre 5% e 20% do produto interno bruto.
"Estamos fazendo o que podemos", disse o ministro do Meio Ambiente das Ilhas Marshall, Tony de Brum, apontando para planos de investimento em energia solar. As Ilhas Marshall possuem o maior santuário de tubarões do mundo.

Fonte: sobiologia.com, Maio 2014




Homem acelerou em mil vezes a taxa de extinção de espécies
Ficha de Leitura nº 5                                                                    
Unidade de Ensino: Preservar e Recuperar o Meio Ambiente
Conteúdo/assunto: O biólogo Stuart Pimm, da Universidade Duke, aponta que antes da existência humana, o ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Atualmente, essas é de 100 a cada 1.000 por ano, isto comprova que a ação humana acelerou em mil vezes a taxa de extinção das espécies de plantas e animais do planeta, em comparação com a taxa natural.


Homem acelerou em mil vezes a taxa de extinção de espécies, diz estudo

Pesquisa foi publicada na edição impressa da revista 'Science'.
Apesar do alarme, tecnologia dá esperança para preservar biodiversidade.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/figuras/extincao_homem.jpg
Um novo estudo publicado nesta sexta-feira (dia 30 de maio) na edição impressa da revista “Science” afirma que a ação humana acelerou em mil vezes a taxa de extinção das espécies de plantas e animais do planeta, em comparação com a taxa natural.
Os dados levantados pelo biólogo Stuart Pimm, da Universidade Duke, dos Estados Unidos, apontam que antes dos humanos, o ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Atualmente, essas cifras são de 100 a cada 1.000 por ano.
Apesar dos números alarmantes, o investigador afirma que está otimista porque novas tecnologias permitem aos ambientalistas intensificar esforços para manter a biodiversidade.
Entre eles está a criação de um mapa, desenvolvido pelo cientista Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisas Ecológicas, localizado no Brasil, que mostra onde as espécies mais vulneráveis vivem.
O método ajuda a definir prioridades de conservação desses locais e, desta forma, evitar o desaparecimento de animais ou plantas.
Historicamente, a Terra passou por cinco grandes extinções, que aniquilaram mais da metade da vida do planeta.
Atualmente, há um debate entre os cientistas que se perguntam se a humanidade será a causadora da próxima destruição massiva de espécies.
No entanto, já está na “conta de culpa” do ser humano o desaparecimento do pássaro Dodó (Raphus cucullatus), do lobo-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus) e do lobo-das-Malvinas (Dusicyon australis).

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O dodó, tipo de ave que foi extinto da natureza
devido à ação humana

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Lobo-da-Tasmânia empalhado em museu; último exemplar morreu em 1936


Fonte: sobiologia.com, Maio 2014

Aves usam mesmos genes para cantar que humanos usam para falar

Ficha de Leitura nº 4                                                                    
Unidade de Ensino: Património Genético
Conteúdo/assunto: Cientistas descobriram que a habilidade das aves de cantar e imitar sons baseia-se nos mesmos circuitos cerebrais que vemos nos humanos, embora tenham desenvolvido estas habilidades por caminhos evolutivos diferentes.


Aves usam mesmos genes para cantar que humanos usam para falar


Conclusão é do maior mapeamento já feito da árvore genealógica das aves.
Foram decodificados os genomas completos de 48 espécies de aves.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/noticias/figuras/aves_genes_cantar.jpg
Foto de 21 de junho de 2014 mostra flamingos no zoológico de Praga; estudo mostra que flamingos estão geneticamente mais próximos de pombos do que de pelicanos.

As aves usam essencialmente os mesmos genes para cantar que nós, humanos, usamos para falar. E os flamingos são mais próximos dos pombos do que dos pelicanos. Estas são algumas revelações surpreendentes que emergiram do maior e mais sofisticado mapeamento já feito sobre a árvore genealógica das aves.
Para realizar o mapeamento, publicado em mais de duas dúzias de artigos separados, oito deles na edição de 12 de dezembro de 2014 da revista científica americana "Science", cientistas de 20 países passaram quatro anos debruçados no projeto de decodificar os genomas completos de 48 espécies de aves, incluindo corujas, beija-flores, pinguins e pica-paus.
Eles também compararam as aves a três diferentes espécies de crocodilos - que são os répteis mais próximos das aves - e descobriram níveis amplamente diferentes de evolução.
As aves foram muito mais rápidas em desenvolver novos traços, enquanto os crocodilos - que compartilharam um ancestral comum com as aves e os dinossauros, há 240 milhões de anos - quase não mudaram.
As aves são "a única linhagem de dinossauros que sobreviveu à extinção em massa do final da chamada era dos dinossauros", há cerca de 65 milhões de anos, disse o co-autor do estudo, Ed Braun, professor associado da Universidade da Flórida.
"Seu parente vivo mais próximo é na verdade crocodiliano, então você volta a ter estes organismos muito diferentes voltando no tempo regularmente", acrescentou.
Acredita-se que alguns poucos novos tipos de aves tenham sobrevivido ao evento catastrófico que varreu os dinossauros da face da Terra e a partir de então, eles evoluíram rapidamente para o arranjo de cerca de 10 mil espécies que nós vemos hoje.
De acordo com a pesquisa, as aves perderam seus dentes cerca de 116 milhões de anos atrás. O desejo de acasalar e ser notado pelo sexo oposto levou a uma rápida evolução de 15 genes de pigmentação, associados à plumagem e às penas, acrescentou o estudo.
A habilidade das aves de cantar e imitar sons se baseia nos mesmos circuitos cerebrais que vemos nos humanos, embora tenham desenvolvido estas habilidades por caminhos evolutivos diferentes.
Enquanto isso, galinhas e avestruzes estão entre as aves cuja aparência mais lembra à de seus ancestrais.
O co-autor do estudo, Erich Jarvis, professor associado de neurobiologia da Escola de Medicina da Universidade de Duke, descreveu como "uma grande surpresa que na verdade é a galinha que parece ter preservado a maior organização cromossômica dos ancestrais, em comparação com outras espécies".
'Mas isto não significa que outras partes dos aspetos deste genoma não sejam tão antigas quanto. O avestruz poderia, inclusive, ser mais velho", pois parece que seu genoma está evoluindo mais lentamente que o das galinhas.

Flamingos e pombos
Os cientistas também se disseram surpresos ao descobrir que os flamingos, conhecidos pelas pernas longas, pelos bicos elegantes e a plumagem característica rosada, sejam intimamente ligados aos pombos, pombas e pequenas aves aquáticas conhecidas como mergulhões.
"O que nós descobrimos foi um casal realmente estranho de aves: onde nós temos pombos e seus afins, eles se juntam com flamingos e mergulhões", disse Braun.
"Flamingos e mergulhões são bastante diferentes em aparência, embora ambos sejam aves aquáticas, que você pode ficar surpreso em vê-los juntos, mas relacioná-los com pombos é especialmente inesperado", prosseguiu.
Para chegar a estas conclusões, os cientistas usaram uma variedade de técnicas que ajudaram a reunir e analisar mais de 14.000 genes e construir uma árvore genealógica vinculando diferentes espécies de aves.

Fonte: sobiologia.com, Dezembro 2014

sexta-feira, 20 de março de 2015

Híperes fazem negócio com nova lei dos sacos de plástico

Ficha de leitora nº:6
Unidade de Ensino: Preservar e recuperar o meio ambiente
Assunto: Incentivo a reciclagem.

Resumo: O estado taxou os sacos de plástico leves a dez cêntimos (IVA incluído)fazendo com que as pessoas paguem ou reutilizar os sacos que tem em casa.




Os sacos de plástico leves, que a partir deste domingo passam a ser taxados a dez cêntimos (IVA incluído), vão desaparecer das caixas de supermercados. Mesmo que alguém os queira comprar, operadores da grande distribuição como o Continente, o Jumbo ou Intermarché vão deixar de os ter, passando a vender sacos de plástico de maior qualidade ou outros com asas, de ráfia ou trolleys. Mas se o sector se escapa, assim, da obrigação de cobrar a taxa aos clientes, os portugueses não terão outra alternativa senão pagar ou reutilizar. E, em vez de financiarem o Estado ou o Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, estão a fazer crescer as vendas destes produtos alternativos.
No último mês, as principais cadeias de hiper e supermercados têm aumentado a oferta de sacos e a maioria optou por deixar de disponibilizar os que são alvo da contribuição, introduzida no âmbito da fiscalidade verde. O diploma incide nos que têm alças e uma espessura igual ou inferior a 0,05 milímetros, ou seja, menos resistentes e não reutilizáveis. Pelas suas características, são mais difíceis de tratar enquanto resíduos.
“Os sacos de plástico leves terão os dias contados”, admite Ana Isabel Trigo de Morais, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), sublinhando que a sensibilização ao consumidor das melhores práticas ambientais “não é uma novidade” para um sector que, desde 2002, tem à venda sacos reutilizáveis. A tendência é “para desaparecer” e, na grande distribuição, a sua presença “será praticamente residual”, continua.
Com a introdução da taxa o Governo espera encaixar este ano 40 milhões de euros e o Ministério do Ambiente garante que a verba não está em risco, mesmo que a grande distribuição – que compra grande parte dos sacos que chegam aos consumidores – passe a vender alternativas que escapam à contribuição. “Esta estimativa de receita foi calculada no pressuposto de a utilização de sacos plásticos leves reduzir para 50 sacos per capita em 2015, face aos cerca de 466 sacos per capita actuais”, diz fonte oficial.
Questionado sobre se este era o resultado esperado, o ministério diz que as alternativas “serão tanto mais sustentáveis quantas mais vezes permitirem a reutilização de cada novo saco gerado”. Novas soluções “são bem-vindas e permitirão que seja alcançado o objectivo que presidiu à criação da contribuição, que é a redução efectiva da utilização específica de sacos plásticos leves”, continua.
Este parece ser já um dado adquirido. Ontem de manhã, na fila de um hipermercado Jumbo dois clientes declinaram a oferta, ainda gratuita, de saco. A empresa lembra, através de fonte oficial, que nos últimos seis anos reduziu, em média, 30% de sacos de plástico por cliente. Nas lojas, a informação dada é que estas opções menos resistentes deixarão de ser opção. No Continente, a operadora de caixa também confirmava que, a partir de amanhã, só estarão à venda embalagens maiores, mais resistentes por dez cêntimos. “Estes vão desaparecer”, dizia, apontando para os sacos degradáveis que o hipermercado da Sonae (dona do PÚBLICO) usa há anos. Os de maiores dimensões têm a gama reforçada e custam 50 cêntimos. A gama foi reforçada e inclui “trolleys para transporte de compras”, diz a empresa.
Estratégias semelhantes
O Intermarché também “não vai disponibilizar sacos de plástico leves” e colocou à venda três soluções: com espessura superior a 0,05 milímetros, de papel para pequenas compras, e de maiores dimensões. Os preços só serão conhecidos domingo. Desde o início do ano, a cadeia de origem francesa já vendeu 46.421 sacos reutilizáveis, mais 14% do que no mesmo período de 2014.
O cenário do Lidl é semelhante. Os sacos, geralmente colocados debaixo do tapete rolante das caixas do supermercado, passam a custar seis cêntimos, são mais espessos e ostentam a frase “exclusivo do Lidl”. Há ainda outras duas alternativas: 12 cêntimos por um saco com alça e 50 cêntimos para os maiores.
O Minipreço já tinha admitido que, a longo prazo, a tendência seria para acabar com os sacos de plástico leves, mas nas lojas, por enquanto, ainda vão manter-se. A cadeia cobrava três cêntimos a intenção é passar a cobrar apenas o valor da taxa, como disse anteriormente ao PÚBLICO Margarida Monteiro, directora de comunicação.
Quem tem mantido o silêncio quanto ao preço que vai cobrar pelos sacos é o Pingo Doce. Fonte da empresa não quis adiantar mais detalhes, mas numa das lojas visitadas pelo PÚBLICO os funcionários informaram que o saco de plástico leve vai manter-se. A cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins foi a primeira a adoptar sacos de papel e reforçou a oferta de sacos de ráfia ou trolleys. É expectável que acompanhe o mercado e cobre aos clientes apenas os dez cêntimos da taxa, assumindo o custo.


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População europeia resulta da mistura original de três grupos humanos

Ficha de leitora nº:5
Unidade de Ensino: Património genético
Assunto: A origem dos europeus.
Resumo:A Europa é uma mistura de línguas, nacionalidades, povos. As vagas de migrações, as guerras e as mudanças de fronteiras tornam difícil definir a ascendência de cada cidadão. A genética veio ajudar neste trabalho, tornando-se num utensílio para compreender os movimentos populacionais na história da espécie humana.










Além dos caçadores-recolectores europeus e da população de agricultores vindos do Próximo Oriente, sabe-se agora que um grupo do Norte da Eurásia contribuiu para a população europeia.


Um crânio de uma mulher que viveu há 8000 anos, escavado no sítio arqueológico de Kanaljorden, na Suécia Fredrik Hallgren                     
A Europa é uma mistura de línguas, nacionalidades, povos. As vagas de migrações, as guerras e as mudanças de fronteiras tornam difícil definir a ascendência de cada cidadão. A genética veio ajudar neste trabalho, tornando-se num utensílio para compreender os movimentos populacionais na história da espécie humana. Agora, uma equipa de cientistas descobriu que na “mistura original” de europeus, além dos caçadores recolectores que já cá estavam e dos agricultores vindos do Próximo Oriente, houve pelo menos uma terceira população vinda do Norte da Eurásia que também contribuiu para aquele fundo genético. O estudo vem descrito num artigo da edição desta quinta-feira da revista Nature.
“Antes deste artigo, os modelos que tínhamos da ascendência europeia era uma mistura de dois movimentos. Mostramos agora que há três grupos”, disse David Reich, investigador da Escola Médica de Harvard (EMH), Boston, Estados Unidos, e um dos autores seniores deste estudo que contou com dezenas de investigadores de vários países.
O que se sabia, de uma forma resumida, é que há cerca de 7000 anos os agricultores vindos do Próximo Oriente entraram pela Europa e misturaram-se com as populações de caçadores recolectores que já andavam por cá há milénios. Esta mistura reflecte-se no ADN das populações europeias de hoje. “Houve uma forte troca genética entre os caçadores-recolectores e os agricultores, reflectindo o movimento grande de entrada de novas pessoas na Europa vindas do Próximo Oriente", explicou David Reich, num comunicado da EMH.  
Mas os cientistas já tinham encontrado no ADN europeu semelhanças ao ADN dos nativos norte-americanos, que chegaram àquele continente pela Ásia há cerca de 12.000 anos. Esta ligação nunca foi compreendida.
Neste trabalho, a equipa analisou o ADN de 2300 pessoas de vários países europeus, de oito caçadores recolectores de há 8000 anos e de um agricultor de há 7000 anos. Além desta informação, os investigadores incorporaram ainda dados genéticos de outros antigos agricultores europeus e de dois humanos da antiga população do Norte da Eurásia. Estes vestígios foram encontrados em Janeiro na Sibéria. Com esta informação, “pudemos estudar como é que eles se relacionaram com as outras populações”, explicou David Reich.
Ao compararem essa nova população com os grupos humanos da altura e os europeus de agora, ficou revelada uma nova ligação. “Quase todos os europeus têm ascendência de três grupos ancestrais”, disse Iosif Lazaridis, primeiro autor do artigo, da EHM. Mas esta mistura não é todo igual. “Os europeus do Norte têm uma ascendência maior de caçadores-recolectores – até 50% no caso dos lituanos – e os europeus do Sul têm mais antepassados agricultores.”
A ascendência dos europeus vinda do grupo do Norte da Eurásia, que também deu origem aos nativos americanos, está mais diluída. “A ascendência dos euroasiáticos do Norte é, proporcionalmente, o componente mais pequeno em toda a Europa, nunca mais do que 20%, mas encontramo-lo em quase todos os grupos europeus que estudámos e também nas populações do Cáucaso e do Próximo Oriente”, explicou Iosif Lazaridis, acrescentando que depois de aparecer a agricultura, “terá havido uma transformação profunda no ocidente da Eurásia”.






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Loro e Liberdade são o terceiro casal de linces a morar no Alentejo

Ficha de leitora nº:4
Unidade de Ensino: Produção de alimentos e Sustentabilidade
Assunto: Preservação de espécies em vias de extinção






Resumo: O lince-ibérico é uma espécie em perigo crítico, sendo o felino mais ameaçada no mundo e o carnívoro em maior perigo na Europa. Está categorizado como espécie em perigo crítico de conservação.
A presença de linces-ibéricos em Portugal (particularmente no sul) tem sido verificada, mas sem haver provas de reprodução. A Quercus (uma associação portuguesa para a conservação da natureza), considerou a espécie inexistente em Portugal em 2007, em resposta procedeu-se  à criação do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal e nesse âmbito já é o terceiro casal de linces a ser libertado em território Luso.




Já há quatro linces ibéricos a viver em liberdade total em território português. Para já, parecem estar a adaptar-se.


Processo de reintrodução na natureza, em Portugal, de linces criados em cativeiro começou em Dezembro, no Alentejo João Silva.
Podia chamar-se Lua, Lusíada, Lentilha ou mesmo Limão. Entre quase 40 nomes possíveis, a população de Mértola escolheu Liberdade para baptizar a fêmea de lince ibérico (Lynx pardinus) que chega nesta quarta-feira ao cercado alentejano, acompanhada pelo macho Loro. Juntos formam o terceiro casal a ser solto na natureza e em breve vão juntar-se aos quatro linces que já estão em liberdade total.
Inicia-se a agora o terceiro capítulo de uma história que começou a ser escrita em Dezembro, com a primeira soltura branda (numa área confinada) em Portugal de um casal de linces ibéricos criados em cativeiro. Jacarandá e Katmandú deixaram o cercado no início de Fevereiro, deixando o lugar vago para o segundo casal, Kempo e Kayakwero. Estes seguiram-lhes o rasto na semana passada, quando foram novamente abertas as portas.
Nesta quarta-feira chegam Loro, macho oriundo do centro de reprodução em cativeiro El Acebuche (Espanha), nascido no ano passado, e Liberdade, filha de Artemisa e de Fresco, nascida no centro de Silves a 18 de Março de 2014. O nome da fêmea resultou de uma votação aberta às escolas e juntas de freguesia da zona. “Ambos os animais serão libertados seguindo o processo de solta branda [num terreno de dois hectares] para potenciar a adaptação e fixação, tal como aconteceu com os animais anteriores”, escreve o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) num comunicado.
O plano de reintrodução da espécie em Portugal, que está a ser desenvolvido em parceria com Espanha, definiu a zona do Parque Natural do Vale do Guadiana para a libertação de oito a dez linces até ao final do ano. O objectivo é criar condições para o regresso do felino mais ameaçado do mundo, ainda em risco crítico de extinção, ao território português.
Segundo o director do departamento do ICNF no Alentejo, Pedro Rocha, até agora está tudo a correr bem com os linces já soltos. Jacarandá e Katmandú, os pioneiros, andam por São João dos Caldeireiros, uma freguesia do concelho de Mértola. A fêmea fixou-se numa área com “elevada densidade de coelho-bravo” e Katmandú, “apesar de ter circulado bastante, tem centralizado a sua atividade na área circundante ao cercado de solta branda”, diz o ICNF.
O segundo casal, que estava no cercado desde 7 de Fevereiro, foi solto na semana passada. O macho espanhol Kempo e a fêmea lusa Kayakwero tiveram, segundo o ICNF, uma “adaptação positiva com comportamentos normais e captura de coelhos-bravos”, que constituem cerca de 90% da alimentação dos felinos. Todos os linces estão a ser seguidos pelos técnicos do instituto e monitorizados através de coleiras com GPS, que permitem conhecer as suas movimentações. Assim se percebeu, por exemplo, que os dois machos se encontraram há alguns dias, mas não entraram em confronto.
Uma das principais preocupações dos técnicos é o risco de atropelamento, principal causa de morte dos linces ibéricos que já foram libertados em Espanha. Segundo a imprensa espanhola, que cita fontes do projeto Iberlince, só este ano já morreram quatro animais, dos quais pelo menos dois foram atropelados. Nas estradas alentejanas foram colocados novos sinais de trânsito a avisar da presença de linces.
Este mês de Março marca também o início da temporada de partos e no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico em Silves já há crias. No dia 1 e numa hora apenas, a fêmea Biznaga, que tinha sido emparelhada com Drago, pariu três crias. Duas horas após o parto, Biznaga mudou de toca levando apenas dois filhos, obrigando os técnicos do centro a intervir e a manter numa incubadora a terceira cria. Esta foi depois deixada novamente perto da toca da mãe, que lhe reconheceu o choro e a levou para junto das outras.




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Brasileiros investem em geradores de energia e pensam em economia

Ficha de Leitura nº 6

Unidade de Ensino: Produção de alimentos e Sustentabilidade

Conteúdo: Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil.
É possível ter bons descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.

Brasileiros investem em geradores de energia e pensam em economia

Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil. Já tem gente ganhando desconto na conta de luz. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível ter excelentes descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.
Isso é possível no Brasil desde o ano passado, quando a Aneel regulamentou as regras da Microgeração Distribuída de Energia.
Quem instalar, por exemplo, placas fotovoltaicas ou aerogeradores no telhado ou no quintal de casa, e produzir em algum momento mais energia do que consome, poderá fornecer o excedente para a distribuidora local.
Um equipamento registra a quantidade de energia gerada pela residência. O excedente é convertido em reais que viram desconto na conta de luz e ela pode sair até de graça.

Por duas placas solares no telhado, o casal que vive no Rio de Janeiro pagou R$ 6,5 mil, incluindo instalação. Graças ao sol será possível ligar televisão, geladeira e as muitas luzes da sala. “Em sete ou oito anos, a gente acredita que se paga. A vida útil das placas é de 25 anos. Então a gente ainda tem esse excedente todo de tempo pra até no futuro estar investindo em mais placas e contribuindo com geração de energia para a rede da Light e barateando ainda mais a nossa conta de luz”, diz Diana Frajtag, dona da casa.

O proprietário de outra casa em Brasília foi mais longe. Investiu mais de R$ 100 mil em uma micro-usina solar. São 40 placas fotovoltaicas, o suficiente para abastecer cinco residências típicas de classe média no Brasil. “Se o sol é forte, você consegue produzir mais energia do que você consome. Essa energia vai para o sistema de distribuição. Mais tarde, especialmente de noite quando não tem produção de energia, aí passa a receber a energia. É um sistema de crédito e débito. Você produziu mais, gera um crédito. Você consumiu, consome esse crédito. Só por conta desse mecanismo que a legislação federal possibilitou é que eu me animei a comprar e instalar todo esse sistema aqui em casa”, explica Luis Alberto Bettiol.
Produzir energia eficiente para abastecer a própria casa ou empresa tem justificado o aparecimento de novos negócios no Brasil. Em uma pequena fábrica em Maricá, a aproximadamente 40 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, já foram fabricadas e vendidas mais de 500 microturbinas de vento de um modelo convencional, que parece um ventilador de teto maior. Agora a grande vedete da linha de montagem é uma microturbina vertical. A grandde vantagem dela é captar diferentes correntes de vento a partir de um mesmo ponto.

“Nós trabalhamos com vários nichos de mercado. Nas telecomunicações é importante para gente, o uso em plataformas de petróleo e terminais é, começa a ficar significativo para a gente. Nós temos uma clientela espetacular nas universidades, nós estamos presentes em 60 universidades, o nosso público é quem precisa de energia ou quer gerar sua própria energia”, diz Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud.

A fábrica produz 12 turbinas por mês. O custo varia de R$ 4,5 mil para os modelos menores e até R$ 45 mil, para os aerogeradores capazes de abastecer até três residências de uma só vez.
Um dos primeiros clientes foi o aposentado Edson Eduardo Weissinger. A energia do vento é armazenada em baterias que asseguram metade da energia consumida na casa. “A região aqui é muito deficiente no atendimento de energia elétrica. Falta muita luz aqui. Então este aparelho nos dá a satisfação de ter no momento de falta de luz a minha casa está toda iluminada. Além disso, tem aproveitamento de energia elétrica para aparelhos eletrodomésticos. Seja micro-ondas, seja liquidificador, batedeira. Devo economizar em torno de R$ 200 a R$ 250 do aparelho”.
Pelas contas da Aneel, existem hoje 39 micro-geradores de energia oficialmente registrados. Vinte projetos solares, dezoito projetos eólicos e um de biomassa. Outros 100 projetos estão em fase de implantação.

“Nossa expectativa é que nos próximos cinco anos a gente tenha ai em torno de 30 mil pontos instalados no Brasil todo”, acredita Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de energia elétrica da Aneel.
Trinta mil pontos de micro-geração equivaleriam a 2,5 gigawwats de potência, o suficiente para abastecer uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. Um país em que a população passa a produzir a energia que consome e ainda se beneficia disso. O Brasil do futuro começa a virar realidade.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/01/brasileiros-investem-em-geradores-de-energia-e-pensam-em-economia.html

" Pulmão da Terra" está em dificuldades

Ficha de Leitura nº 5

Unidade de Ensino: Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Conteúdo: A floresta tropical da Amazónia já perdeu muita da sua capacidade de absorver os gases com efeito de estufa causadores das alterações climáticas.

Resumo: Nos anos 1990, esta grande floresta foi capaz de absorver tanto quanto dois mil milhões de toneladas de dióxido de carbono em cada ano, adiantaram, em artigo publicado na revista Nature.

" Pulmão da Terra" está em dificuldades



Nos anos 1990, esta grande floresta foi capaz de absorver tanto quanto dois mil milhões de toneladas de dióxido de carbono em cada ano, adiantaram, em artigo publicado na revista Nature.
 
Agora, a capacidade do chamado "Pulmão da Terra" foi reduzida a metade e pela primeira vez foi superada pelas emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis na América Latina.

A conclusão resulta de um estudo, feito ao longo de 30 anos, que juntou quase uma centena de investigadores a trabalhar em oito países.

A investigação decorreu em 321 pontos na floresta, nos quais foram medidas 200 mil árvores, bem como as mortes e os crescimentos das novas.

Os cientistas detetaram um crescimento preocupante na taxa da mortalidade das árvores através da Amazónia.

"As taxas de mortalidade das árvores aumentaram mais de um terço desde meados dos anos 1980, o que está a afetar a capacidade da Amazónia de armazenar carbono", disse Roel Brienen, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, que está a liderar a investigação.

Fonte:  http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=4462429

quinta-feira, 19 de março de 2015

Estudo revela que 1.864 pandas gigantes viviam na China em estado selvagem em 2013

Ficha de leitura nr: 8


Unidade de ensino: Produção de alimentos e sustentabilidade

Conteúdo/Assunto: Número de pandas na china aumentou cerca de 17%

Resumo: Devido à implementação de medidas de conservação de habitats naturais, a população de pandas em vida selvagem aumentou cerca de 17% na China.



A população de pandas gigantes que vivem em estado selvagem na China aumentou em quase 17% em dez anos graças às medidas de conservação ambientais, informou a imprensa chinesa, ao citar um estudo oficial.

De acordo com o estudo realizado pela Administração Estatal das Florestas, 1.864 pandas gigantes viviam na China em estado selvagem em 2013, mais 268, o que equivale a um crescimento de 16,9%, explicou a agência Xinhua.
Paralelamente, o seu habitat cresceu 11,8% para 2,58 milhões de hectares.

A China contava no fim de 2013 com 375 pandas gigantes em cativeiro: 166 machos e 209 fêmeas.

Pequim leva a cabo o que a AFP descreve como "uma diplomacia do panda" que tem conhecido algum sucesso, com os animais a tornarem-se centro de atenções nos zoológicos dos países de acolhimento. Em junho de 2014, um total de 42 animais vivam em 12 países, segundo o estudo.

Os pandas selvagens vivem sobretudo nas montanhas do sudoeste da China.

Mamíferos com um código genético parecido com o dos ursos, os pandas alimentam-se exclusivamente de bambu. Pesam centenas de quilos em média e chegam a medir 1,80 metros. A sua particularidade é possuírem seis dedos.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF na sigla em inglês), que tem no seu logotipo um destes animais, saudou o aumento da população dos pandas gigantes.



Jovens em risco de danos auditivos devido a música alta

Mil milhões de jovens em risco de danos auditivos devido a música alta

Ficha de leitura nº 7
Unidade de ensino: 
Imunidade e controlo de doenças
Conteúdo/Assunto: A organização mundial de saúde prevê que os jovens começem, cada vez mais, a ter problemas auditivos devido à exposição a ruídos com elevados décibeis (nomeadamente música, que é a mais frequente).



Organização Mundial de Saúde recomenda a redução do volume dos aparelhos de áudio e smartphones e a sua não utilização mais de uma hora por dia.


Mais de mil milhões de jovens em todo o mundo correm o risco de sofrer danos auditivos por ouvirem música com o volume demasiado elevado, alertou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).


De acordo com a OMS, o nível de ruído em concertos e bares é, muitas vezes, demasiado elevado, tal como o volume nos dispositivos de áudio e nos 'headphones' dos 'smartphones', pelo que cerca de 50% dos jovens entre os 12 e os 35 anos nos países de rendimento médio ou elevado estão expostos a níveis extremamente elevados de ruído.


A OMS refere que uma vuvuzela emite 120 decibéis e que basta ouvi-la durante nove segundos por dia para se correr o risco de perda permanente da audição, e lembra também que este sentido humano, uma vez perdido, é irrecuperável.


Ainda de acordo com a organização, o mais alto nível de ruído no local de trabalho não deve ultrapassar os 85 decibéis até oito horas diárias, mas muitos funcionários que trabalham em estabelecimentos de diversão noturna ou em eventos desportivos estão expostos a níveis mais elevados, por vezes acima dos 100 decibéis.


Assim, para o Dia Mundial da Audição, que se assinala na terça-feira, a OMS recomenda algumas medidas preventivas: os adolescentes devem reduzir o volume dos aparelhos de áudio e smartphones, não os devem utilizar mais de uma hora por dia, devem colocar tampões nos ouvidos em locais ruidosos e fazer pausas, procedendo ainda a exames aos ouvidos e a testes de audição regulares.


Os governos deviam impor normas rígidas sobre o ruído em locais públicos, sublinha igualmente a OMS, que apela também aos proprietários de discotecas e bares para que baixem o volume da música para níveis toleráveis.


Em todo o mundo, 360 milhões de pessoas sofrem, atualmente, de problemas auditivos, que se devem a causas diversas: doenças infeciosas, questões genéticas, complicações no momento do nascimento, uso de certos fármacos, excesso de ruído e envelhecimento.



Maior reserva marinha do mundo vai ser criada

RESERVA MARINHA VAI SER CRIADA EM TORNO DAS ILHAS PITCAIRN

Ficha de leitura nº 6
Unidade de ensino: 
Preservar e recuperar o meio ambiente
Conteúdo/Assunto:  O Reino Unido prepara-se para criar a maior área de proteção marinha com vista a proteger as espécies marinhas num raio de 
834.334 quilómetros quadrados, em torno das ilhas Pitcairn.


O Reino Unido anunciou hoje que vai criar uma zona de proteção marinha no Oceano Pacífico, com um tamanho equivalente à soma das áreas de França e da Alemanha, o que a torna a maior do género.

A reserva vai ser criada em torno do arquipélago das Ilhas Pitcairn, um território ultramarino britânico que é habitado pelos descendentes dos marinheiros que fizeram o famoso motim no navio Bounty, em 1789.

"O governo tenciona avançar com a designação de uma APM (Área de Proteção Marinha) em torno de Pitcairn", está escrito no projeto de orçamento para 2015 apresentado pelo ministro das Finanças, George Osborne, no parlamento.

Mas o governo adiantou que uma decisão final iria depender de acordos para a monitorização por satélite de uma vasta área, para impedir descargas de pescado ilegal, e de patrulhas navais.

A organização não-governamental dos EUA que liderou a campanha para a criação da reserva, a Pew Charitable Trusts, adiantou que a área teria uma extensão de 834.334 quilómetros quadrados.

No seu interior, alberga pelo menos 1.249 espécies de mamíferos marinhos, pássaros e peixes e inclui a planta que vive à maior profundidade conhecida, uma alga marinha que já foi descoberta a uma profundidade de 382 metros. "A nova reserva protege alguns dos 'habitats' oceânicos mais antigos na Terra", destacou a Pew, em comunicado.

Em 2013, a Pew, a National Geographic e um órgão eleito local neste remoto arquipélago, o Conselho da Ilha Pitcairn, apresentaram uma proposta para a criação da reserva. "A Reserva Marinha das Ilhas Pitcairn vai criar um refúgio no oceano virgem para proteger e conservar uma vida marinha rica", disse Matt Rand, diretor do projeto Herança do Oceano Global, desenvolvido pela Pew.

Pitcairn foi colonizada em 1789 pelos amotinados do navio britânico Bounty, que deixaram o capitão da embarcação, William Bligh, à deriva no Pacífico Sul. Muitas das famílias dos amotinados mudaram-se entretanto de Pitcairn, uma ilha com cinco quilómetros quadrados entre a Nova Zelândia e o Chile, para a ilha maior de Norfolk, em 1856.

Enric Sala, um explorador da National Geographic, que integrou uma expedição científica que visitou as ilhas, disse que a decisão "vai proteger a verdadeira dádiva (um dos significados de 'bounty') das Ilhas Pitcairn, uma grande quantidade de vida marinha única nos envolventes e prístinos mares".


Amamentação prolongada leva a maior inteligência e maiores rendimentos

Estudo prova benefícios do aleitamento prolongado

Ficha de leitura nº 5
Unidade de ensino: Humanidade
Conteúdo/Assunto:  
Amamentação prolongada leva a maior inteligência e maiores  rendimentos
Resumo: Estudos feitos com 3500 crianças, mostram conclusões ao fim de 30 anos. Verificou-se que, quanto mais longo foi o período de amamentação, mais inteligentes se tornaram as pessoas em relação a outras que não tiveram o mesmo privilégio. 

Uma amamentação prolongada pode contribuir para uma maior inteligência e melhores rendimentos na idade adulta, de acordo com um estudo brasileiro publicado na revista The Lancet Global Health.

O estudo, realizado por investigadores da Universidade de Pelotas e dirigido por Bernardo Lessa Horta, acompanhou o desenvolvimento de 3.500 crianças nascidas em 1982 e amamentadas por períodos variáveis.

Trinta anos mais tarde, os investigadores constataram que a amamentação foi benéfica para todos, em relação aos que não tiveram aleitamento materno e que o benefício foi tanto maior quanto mais longo foi o período da amamentação.

Segundo o estudo, as crianças que foram amamentadas durante um ano terão um QI (quociente de inteligência) quatro pontos acima dos que tiveram aleitamento materno durante menos de um mês. Terão também maior escolaridade (quase um ano), enquanto os seus rendimentos serão um terço superiores à média.

Os investigadores dizem ter tido em conta variáveis suscetíveis de terem impacto no resultado, como o nível de vida dos pais, a idade da mãe na altura do nascimento e o facto de ter fumado durante a gravidez.

Bernardo Lessa Horta indicou que os efeitos benéficos do leite materno na inteligência se deverão provavelmente "à presença de ácidos gordos saturados de cadeia longa (DHAs), que desempenham um papel essencial no desenvolvimento do cérebro".

Num comentário ao estudo, um outro especialista, Erik Mortensen da Universidade de Copenhaga, sublinha, contudo, que estas conclusões devem ser corroboradas por outras investigações.
A amamentação é encorajada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que a considera um "dos meios mais eficazes" de garantir a saúde da criança.

A OMS recomenda a amamentação até aos seis meses, mas reconhece que menos de 40 por cento dos bebés em todo o mundo beneficiam desse período de aleitamento materno.








Inglaterra é 1º país do mundo a permitir bebés com DNA de 3 pessoas

Ficha de leitura nº 5
Unidade de ensino: Património Genético
Conteúdo/Assunto: 
Inglaterra é o primeiro país do mundo a permitir bebés com DNA de 3 pessoas
Resumo: O Reino Unido aprovou o uso de técnicas de reprodução que possam gerar bebés com o DNA de três pessoas. Os cientistas extraem DNA do óvulo da mãe e inserem o material no óvulo de uma doadora. Assim, a criança gerada contaria com DNA dos pais e da doadora.





      Câmara dos Lordes do Reino Unido aprovou o uso de técnicas de reprodução que possam gerar bebês com o DNA de três pessoas. Os testes humanos devem começar em outubro e os primeiros nascimentos ocorreriam no meio de 2016, numa iniciativa nunca antes vista.
      Os defensores da técnica argumentam que ela serve para eliminar defeitos mitocondriais que causam doenças como distrofia muscular e problemas no coração, rins e fígado. Por outro lado, há quem tema as consequências de se mexer no DNA humano.

Apenas uma pequena parcela de mulheres passaria pelo procedimento anualmente no Reino Unido por produzir mitocôndrias problemáticas. Os cientistas extraem DNA do óvulo da mãe e inserem o material no óvulo de uma doadora. Assim, a criança gerada contaria com DNA dos pais e da doadora - o correspondente a menos de 1% do total.


Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/inglaterra-e-1-pais-do-mundo-a-permitir-bebes-com-dna-de-3-pessoas/46998