segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Já é possível o transplante de órgãos entre pessoas de grupos sanguíneos diferentes

Ficha de leitura nr: 4
Unidade de ensino: Património Genético
Conteúdo/Assunto: Já é possível o transplante de órgãos entre pessoas de grupos sanguíneos diferentes
Resumo: A eliminação de anti-corpos num recetor, poderá ser a solução para a doação de órgãos entre pessoas de grupos sanguíneos diferentes.


Num Hospital Alemão, Hospital Universitário Uniklinic Koln, um especialista nesta área, o professor Dr. Arnulf Hoelscher, foi o primeiro médico a realizar um transplante de rim entre pessoas com diferentes tipos de sangue.

Até ao momento transplantes entre pessoas com diferentes tipos de sangue não eram possíveis, no entanto, existe agora um novo processo que permite a doação independente do grupo sanguíneo do dador do rim, o que oferece uma nova esperança a quem sofre de insuficiência renal crónica.

Surgem assim, grandes oportunidades para os doentes que fazem, por exemplo, hemodiálise.Se uma pessoa saudável doar um dos seus rins a um doente com insuficiência renal, não haverá um dano significativo para o dador, no entanto, teria que ter um tipo de sangue compatível para não haver uma futura rejeição do órgão. Este obstáculo é agora ultrapassado pelo tipo de sangue que este Hospital Universitário utiliza.

A utilização de drogas modernas e um sistema de purificação do sangue, em que é retirado os anticorpos do grupo sanguíneo, levam a acreditar que estes limites estão agora superados, refere o médico de nefrologia o Dr. Sven Teschne.

O método inovador de blutgruppenungleichen (diferentes tipos de sangue), foi aplicado por uma equipa dirigida por Professor Benzing e Walz, Professor, Director da Clínica Médica em Freiburg, em 2004, pela primeira vez na Alemanha. O transplante de rim verificou-se um sucesso, tendo sido realizado a outros doentes.


PRIMEIRO CASO PORTUGUÊS



Realizou-se no Hospital de Santo António, no Porto, o primeiro transplante renal em que a dadora e a recetora possuíam um grupo sanguíneo diferente. Um avanço que vem facilitar o problema das compatibilidades.


Incompatibilidade sanguínea já não é entrave a transplantes

A incompatibilidade de grupo sanguíneo era até hoje um dos maiores impeditivo para a realização de um transplante, dado que que se assistia à rejeição do órgão. Esse problema pode estar prestes a ser extinto também em Portugal e Rosário Pinto é o exemplo disso.

O hospital de Santo António, no Porto, decidiu arriscar um procedimento realizado pela primeira vez na Alemanha que já foi feito milhares de vezes em todo o mundo, menos em Portugal: realizar um transplante em que a dadora e a recetora têm grupos sanguíneos incompatíveis.


Rosário ainda hesitou mas acabou por avançar e aproveitar esta “janelinha de oportunidades”.
A irmã de Rosário foi a dadora, num processo que se chama Plasmaférese e que consiste em retirar anticorpos anti-B (uma vez que a paciente tinha um grupo sanguíneo 0+) que levariam à rejeição do rim. 


Durante 10 dias a mulher submeteu-se a este processo para garantir que o seu corpo aceitaria aquele órgão. Também precisou de estar em observação 20 dias depois do transplante para garantir que tudo tinha corrido bem e, agora, três meses depois, é certo que a operação foi bem-sucedida.
A situação traz um novo alento aos médicos, que acreditam que desta forma se pode contornar o facto de ser muito difícil encontrar dadores compatíveis.

Esta opção de tratamento inovador apresenta um potencial enorme, na medida em que este método irá agilizar todo o processo e permitirá aos doentes renais terem uma vida com mais qualidade.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Ficha de leitura nº 6

Unidade de ensino: Manipulação da Fertilidade/Contracepção
Conteúdo/Assunto:  

O dispositivo que vai revolucionar o mundo


Resumo: Agora por um preço de cerca de 35 euros e em 15 min é possível avaliara a parceira ou parceiro sexual acerca da possibilidade de este conter doenças sexualmente transmissíveis. Basta ter um smartphone á mão e este dispositivo, para todos aqueles que reclamam do preservativo vão poder deixar de o usar com a certeza de que a parceira(o) é "limpo".



Um novo aplicativo para smartphone que examina amostras de sangue para HIV e sífilis em apenas 15 minutos pode salvar milhões de vidas em todo o mundo, de acordo com cientistas. O software, desenvolvido por especialistas biomédicos da Universidade de Columbia, nos EUA, analisa as amostras de sangue colhidas com um dispositivo de punção digital ligado ao celular. O kit, que pode ser ligado a qualquer smartphone ou computador, replica um teste de laboratório e pode dar um diagnóstico em apenas 15 minutos.
O dispositivo é quase 540 vezes mais barato do que as máquinas atuais usadas nos laboratórios para detecção de vírus HIV, e já foi testado em pacientes em Luanda durante um estudo de campo inicial. Os profissionais de saúde testaram o sangue de 96 pacientes que frequentaram clínicas de prevenção, e também os que aceitaram fazer a testagem voluntária nas ruas.
O aparelho foi desenvolvido para ser pequeno e leve o suficiente para caber em uma das mãos. Sua energia é carregada a partir do smartphone ou do laptop, o que permite que ele seja usado em áreas remotas, longe da civilização. Na África, onde o vírus HIV existe em massa até mesmo nessas regiões mais longínquas, o aplicativo é praticamente revolucionário.
Samuel Sia, professor de engenharia biomédica na Universidade de Columbia, disse que o trabalho da equipe mostrou que testes completos de laboratório de qualidade podem ser executados no aplicativo de smartphone. Isso faria com que um diagnóstico confiável fosse acessível a quase toda a população com acesso a um smartphone e ao dispositivo, que ainda não está disponível nas farmácias. “Esse tipo de recurso pode transformar a maneira como os serviços de saúde são disponibilizados em todo o mundo”, acrescentou.
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No passado, a equipe do professor Sia tinha trabalhado na criação de kits de teste em miniatura para sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Ele disse: “Nós sabemos que o diagnóstico precoce e o tratamento em mulheres grávidas com HIV pode reduzir muito as conseqüências adversas para elas próprias e seus bebês também.”
O novo kit que consiste do dispositivo com o aplicativo deverá custar algo em torno de 35 dólares (90 reais) para ser fabricado, o que é verdadeiramente revolucionário em comparação com o custo de uma máquina de laboratório padrão, que custa em torno de 18.500 dólares (50 mil reais).
Em Luanda, os profissionais de saúde foram dados 30 minutos de treinamento apenas, e 97% dos pacientes disseram que recomendariam o dispositivo. A rapidez, a capacidade de oferecer resultados para várias doenças venéreas e a simplicidade do procedimento foram os aspectos mais elogiados do produto, de acordo com o professor Sia. Ele disse: “Nosso aparelho apresenta novos recursos para uma ampla gama de usuários, de prestadores de cuidados de saúde até os próprios consumidores. Ao aumentarmos a detecção de infecções de sífilis, podemos ser capazes de reduzir as mortes dramaticamente. E nos casos de Aids, o dispositivo é fundamental, pois é altamente sensível e preciso, principalmente em casos de falsos negativos do vírus. Isso os ajudará com a terapia anti-retroviral imediata.”
O trabalho da equipe de Sia foi publicado na revista Science Translational Medicine.

A tendência é que o dispositivo fique cada vez menor e mais preciso. Ou seja, o uso da camisinha pode ser descartado futuramente desde que o aparelho cubra todas as DST’s em um tempo pequeno, bastando as duas pessoas, prestes a fazer o bom e velho tchakabum, se testarem antes do ato.



http://www.macacovelho.com.br/o-dispositivo-que-vai-revolucionar-o-mundo/